Pragas- Insetos visíveis a olho nu que causam danos mecânicos em diferentes partes da planta.
Doenças- Parasitas não visíveis que causam queda das folhas, manchas, apodrecimento de caules e frutos e morte.
Legislativos- Fiscalização do comércio de defensivos, decretos, leis e portarias.
Mecânicos e físicos- Uso de armadilhas, cata~ção manual, barreiras, irrigação por inundação, drenagem, tratamento com calor, solarização do solo, etc.
Fogo (para chamuscar invasoras), choques elétricos, ultra-som, radiações (para produzir machos estéreis ou para proteger sementes de carunchos.)
Culturais- Rotação de culturas, escarificação, irrigação, calagem e adubação.
Biológicos- São exercidos pelos inimigos naturais que controlam insetos, bactérias, fungos, etc; répteis, aves, insetos e até mamíferos se alimentam de organismos nocivos às plantas.
Alguns pássaros, como beija-flores, pica-paus e andorinhas, alimentam-se de insetos, sendo que, à noite, 40 mil deles são devorados pelos morcegos. Gaviões e corujas se alimentam de ratos e cobras. Além disso, é recomendável plantar alho social (Tulbaghia violacea) para espantar cobras. As joaninhas se alimentam dos ovos das lagartas e também dos pulgões.
Químicos- lnseticidas (por contato ou sistêmicos), esterilizantes atraentes (feromônios).
Alternativos e naturais- Não tóxicos (calda bordalesa, sabão, óleo mineral, calda viçosa, extrato pirolenhoso, óleo de Neem, etc...), plantas defensivas (arruda, cavalinha, tagetes).
Os defensivos são formulados e fabricados para eliminar insetos, fungos, pragas e outras moléstias que afetam nosso jardim; mas, também, podem prejudicar a saúde de animais domésticos e de seres humanos. De acordo com o grau de toxidade, os agrotóxicos são classificados em 4 grupos.
É recomendável o uso de recursos e métodos naturais para evitar envenenamentos, seja por contato ou pelas vias respiratórias, pois, se este for o caso, o nível de absorção beira os 100%, trazendo gravíssimas consequências para a saúde. Caso a praga seja persistente, e só nesse caso, deverá ser procurado um defensivo enquadrado nas classes III ou IV, pois eles oferecem um risco menor. A receita do defensivo deve ser expedida por um agrônomo responsável; o produto deverá ter registro nos Ministério da Saúde e da Agricultura, que são os órgãos que autorizam o uso do defensivo para o combate das doenças e/ou pragas nas culturas indicadas na embalagem.
Esses produtos podem agir por contato, atingindo o sistema nervoso do inseto, ou podem ser sistêmicos, circulando junto com a seiva e envenenando sugadores, como cochonilhas e pulgões.
No momento de aplicar, vista roupa com mangas compridas, luvas impermeáveis, preferivelmente de borracha, um chapéu de abas largas para proteger a cabeça e o rosto; use também máscara de segurança e óculos de proteção.
Após a pulverização, tome banho e lave, em separado, as roupas e acessórios utilizados.
Em caso de envenenamentos, consultar o Centro de Controle de lntoxicações da sua cidade.
Abelha Arapuá ou Abelha Cachorro- As adultas são pretas, medem de 5 a 6 milímetros e constroem seus ninhos com a resina que tiram das plantas; com suas mandíbulas afiadas, depredam brotações e botões florais. Os ninhos devem ser localizados e destruídos. As plantas atacadas podem ser protegidas por método: MECÂNICO- Armadilha adesiva X- 315, da 3M;
Ácaros- Em geral muito pequenos, possuem oito pares de patas; existem milhares de espécies, entre elas, os carrapatos e os causadores de sarnas. Os que atacam as plantas são: o branco, o rajado e, especialmente, o vermelho, que provoca o aparecimento de manchas avermelhadas no dorso das folhas em posição oposta à das colônias, que vivem na parte inferior, evitando a luz solar. Com o tempo, a folha necrosada cai. Ácaros transmitem a leprose dos cítricos. Nos casos dos gramados, o corte baixo, a irrigação e adubação correta, inibem a infestação.
BIOLÓGICO - Pode ser feito através do fungo Beuveria bassiana, ou pulverizando com enxofre ou com calda sulfocálcica (cal virgem + enxofre), ou com o inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por: Neem, citronela e pimenta), Biofertilizante PF; Bovenat PM; Boveril B103, da Itaforte.
MECÂNICO- Por causa da reflexão da luz, uma camada fina de casca de arroz, nos canteiros, inibe os ácaros.
Com 2 Kg de cal virgem, fazer uma pasta adicionando 2 litros de água. Assim que a hidratação começar, adicionar aos poucos 2 Kg de enxofre junto com a água, mexendo bem. Tampe o recipiente durante 30 min. Adicione 2 litros de água e pincele os troncos.
Com um punhado de folhas, preparar um chá e, depois de frio, pulverizar as plantas.
Em 1 litro de água misture um copo de leite azedo e pulverize.
É um bom repelente do aranhiço vermelho e dos afídios, em especial as que infestam a roseira. Esmagar a cebola numa trituradora e juntas uma quantidade igual de água; coar a mistura e usar o líquido resultante para pulverizar. Enterrar essa polpa amassada na hora ou nos canteiros de flores.
Besouros- Inúmeras são as espécies de besouros que atacam as plantas ornamentais, destacando-se as coleobrocas e as vaquinhas. Com hábitos noturnos, perfuram folhas e furam frutos; existem também as que roem tubérculos e raízes de gramíneas.
BIOLÓGICO - lagartixas, sapos e rãs se alimentam de besouros durante o dia.
ALTERNATIVO - biofertilizante PF.
MECÂNICO - armadilha adesiva X-315, da 3M.
Brocas- São mais de 150 mil espécies de mariposas e borboletas que depositam seus ovos nas axilas das folhas ou nos terminais dos ramos. Quando a lagarta nasce, penetra no tronco e nas frutas (o que é comum de dezembro a abril) e constrói galerias entre a casca e o lenho deixando uma trilha de serragem de forma alongada. Quando não controladas a tempo, as larvas causam um enorme prejuízo, abrindo galerias, que podem até levar à morte da planta.
BIOLÓGICO- os morcegos devoram até 40.000 insetos por noite, incluindo mariposas. O pica-pau, também se alimenta de brocas. Dipel PM.
ALTERNATIVO- Bovenat PM; Boveril B102, da Itaforte.
Acenda uma lâmpada a 1,5 m do chão; embaixo dela, a uma distância de 20 cm, coloque uma bacia com óleo; durante a noite as mariposas serão atraídas pela lâmpada e ficarão presas no óleo.
Cozinhar 1 Kg de sabão de coco numa panela com 3 litros de água; uma vez fria, adicionar a essa calda 3 litros de querosene. Para pulverizar, dilua 1 litro do preparado em 15 litros de água. Pulverize ou pincele 3 vezes a cada 7 dias.
Cigarrinha- Ataca principalmente as pastagens, alimentando-se da seiva do capim. Pode transmitir doenças de origem vital.
Nos gramados só ocorre em áreas sombreadas, nesse caso é importante reduzir a umidade do local.
ALTERNATIVO - Metanat PM, da Natural Rural;
Metarril M102, da Itaforte.
Cobras
ALTERNATIVO - Plantio de alho social (Tulbaghia violaceae) ao redor de casas e instalações de animais.
MECÂNICO - O cheiro e a fumaça dos chifres de boi, queimados numa fogueira, as afugentam.
Cochonilhas- As de carapaça, uma vez estabelecidas, tornam-se imóveis, fixando-se na superfície das folhas, formando colônias e sugando a seiva; atacam também frutos e ramos. Expelem um líquido açucarado que favorece o aparecimento da fumagina que, com o tempo, acaba por recobrir a folha dificultando a respiração e a fotossíntese. Essa fumagina atrai as formigas, que contribuem para sua propagação.
As cochonilhas, conhecidas como pulgão branco ou pulgão verde, atacam hastes e folhas sugando a seiva.
Causam atrofiamento e podem transmitir viroses.
BIOLOGICO- a joaninha australiana é a inimiga natural do pulgão branco; algumas aranhas também se alimentam de cochonilhas.
ALTERNATIVO - inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto pot: Neem, citronela e pimenta); Boveril BIO3, da Itaforte.
Pulverizar ou pincelar as ganhas com óleo mineral ou vegetal (1% de óleo, 99% de água).
Usar um cotonete embebido em cerveja, gasolina ou vinagre (só para pequenas contaminações).
Cortar em pedaços 500 g de sabão, dissolver em 1 litro de água quente, adicionar 4 litros de óleo mineral aos poucos. Dissolva o preparado em água morna e, na hora de pulverizar, utilize 100 g da pasta cada 5 litros de água fria.
Macerar 200 g de erva-de-santa-maria num litro de água, durante 2 horas. Depois de espremer o sumo do bagaço, diluir em 5 litros de água e pulverizar.
Cupins- O cupinzeiro peneirado pode ser utilizado como adubo para canteiros e covas de plantio.
ALTERNATIVO- Metarril M103+Boveril B102, da Itaforte.
Dissolver em banho-maria 50 g de cera de abelha e adicionar 30 ml de essência de bergamota. A pasta resultante deve ser passada sobre os furos da madeira. O óleo volátil da essência é mortal para o cupim.
Erva-de-passarinho- É disseminada através do mecanismo conhecido como ornitocoria, no qual os pássaros transportam sementes desta Loranthacea e as depositam sobre galhos de árvores e arbustos. A erva-de-passarinho, quando crescida, se expande no sentido do crescimento dos galhos, na direção do fluxo da seiva da muda, retirando água e sais minerais. Existem 1.400 espécies dessa parasita, a mais conhecida tem aspecto de fios amarelos, assemelhando-se ao macarrão.
MECÂNICO - poda e queima dos galhos afetados.
Formigas-Existem aproximadamente 8.800 espécies de formigas já identificadas no mundo, porém, ainda há um número imenso de espécies a serem descritas. O Brasil conta com 2.000 espécies; destas, apenas pouco mais de 20 são consideradas pragas. Solos pobres e arenosos facilitam a infestação.
BIOLÓGICO - O tamanduá é um dos predadores da formiga.
ALTERNATIVO - cal e água, Rotenat fog (extrato de timbó) e inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por: Neem, citronela e pimenta). Alho, arruda, artemísia, hortelã, poejo, batata-doce, gergelim e tenaceto são repelentes naturais, quando plantados nos canteiros.
Misture duas colheres de sopa de ácido básico com uma colher de mel; a seguir, pincele essa mistura em pedaços de papelão e espalhe pela casa. Use luvas de borracha.
Indicações: formiga lava-pés. Aplicação: Despejar no ninho 20 litros de água fervente ou água sanitária misturadas com água (1:1).
Misturar em partes iguais detergente neutro e água; injetar com uma seringa nas frestas por onde as formigas transitam.
Misturar 200 g de folhas secas e moídas de gergelim, 1 Kg de folhas secas e moídas de mamona, 1 Kg de cal virgem e 100 g de enxofre formando uma massa homogênea e aplicar com polvilhadeira manual no alheio do formigueiro.
Outra maneira de utilizar o gergelim é distribuindo as folhas desta planta nos locais por onde transitam as cortadeiras, elas irão carrega-las para dentro do formigueiro envenenando-os por causa das substâncias tóxicas presentes nelas.
As saúvas podem ser espalhando mandioca-brava ralada ao redor do alheiro; as formigas ficam intoxicadas pelo ácido cianídrico.
Folhas de salsinha e de louro e também casca de limão e de tangerina são bons repelentes: trocar essas iscas semanalmente.
Gafanhotos
ALTERNATIVO - inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por Neem, citronela e pimenta).
MECÂNICO- armadilha adesiva X-315, da 3M.
Lagartas- São mastigadoras vorazes que formam ninhos com até mais de cem lagartas que se transformarão em borboletas.
Existem vários tipos de lagartas e cada um dos tipos que tem uma planta preferida.
A lagarta-das-palmeiras alimenta-se dos folíolos e, quando não controlada, ataca podendo destruir a copa por completo, incluindo o broto apical, que é a parte mais tenra da palmeira. Produzem uma sensação de queimadura quando em contato com a pele.
BIOLOGICO- pássaros e vespas são predadores naturais.
MECÂNICO - poda das folhas e destruição dos ninhos; para detectá-los, preste atenção nos excrementos, formados por bolinhas pretas que aparecem no solo, próximo às plantas.
ALTERNATIVO - Calda de fumo, inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por Neem, citronela e pimenta), Biofertiiizante PE Bovenat PM; Boveril B102, da Itaforte; ervas como tomilho, manjerona e camomila repelem as lagartas.
Cortar uma cabaça verde ou abóbora e colocar um inseticida (piretróide) sobre a parte cortada e espalhar os pedaços pela horta ou jardim. Jogar fora quando estiver cheia de lagartas.
Coloque 100 g de folhas de angico de molho em 1 litro de água por 10 dias, misturando diariamente. Coa esse chá e guarde em garrafa tampada. Quando for pulverizar, dilua uma parte desse extrato em 10 partes de água.
Picar 50 g de fumo de corda e colocar num vidro com 1 litro de água durante 12 horas (se deixar mais tempo, fermenta), coar e diluir em 5 litros de água. Pulverizar.
Macerar 200 g de erva-de-santa-maria num litro de água, durante 2 horas; depois de espremer o sumo do bagaço, diluir em 5 litros de água. Pulverizar.
Dissolver 30 g de permanganato de potássio em 9 litros de água. Pulverizar. Retirar durante 3 dias consecutivos.
Lesmas e caracóis- As primeiras podem ser cinzentas ou pardas, já os caracóis, que pertencem ao género Helix, dividem-se em aproximadamente 4 mil espécies distribuídas pelo mundo todo; são: providos de uma concha formada por uma única peça, em forma de espiral. As lesmas são moluscos terrestres que se locomovem à noite, expelindo uma viscosidade que deixa uma trilha de muco brilhante; destroem as mudas furando folhas e deixando os ramos sem brotos. Durante o dia não se locomovem, escondendo-se em locais úmidas e escuros. Sua atividade é maior na estação das chuvas.
BIOLOGICO - as garças alimentam-se destes moluscos.
MECÂNICO- embeba um pano com cerveja ou leite ou espalhe cascas de mamão ou melancia para atraí-los; procure-os à noite com uma lanterna e elimine-os. Eles não gostam de caminhar por cima de casca de arroz.
CULTURAL- mantenha o solo revolvido.
Despeje um copo de cerveja e duas colheres de sopa cheias de sal em uma vasilha rasa. Em seguida, enterre-a até a borda. Atraídos pela cerveja, as lesmas e os caracóis tomam a mistura e morrem desidratadas.
Indicações: lagartas e lesmas. Preparo: Catar de 10 a 15 lesmas ou caracóis, sempre da espécie que se quer combater, e usá-los para fazer uma infusão com 1 litro de água fervendo. Deixar fermentar durante 3 dias até que soltem um cheiro podre. Aplicação: Depois de coar, diluir em 7 litros de água e regar as plantas atacadas no final da tarde, depois do pôr-do-sol. Repetir a aplicação mais 2 vezes, deixando um intervalo de 5 dias entre uma e outra.
Indicações: lagartas e lesmas. Preparo: Diluir 30 g de folhas secas de losna em 1 litro de água; ferver essa mistura durante 10 minutos. Aplicação: Para sua utilização, adicionar ao preparo 10 litros de água e pulverizar.
Líquens, barbas, algas
MECÂNICO - uma escova, dura, de nylon ou de arame pode ser passada nos troncos e galhos.
ALTERNATIVO - pasta bordalesa (1 kg de sulfato de cobre, 1 Kg de cal virgem e 10 litros de água) calda sulfocálcica.
Com 2 kg de cal virgem, fazer uma pasta adicionando 2 litros de água; assim que a hidratação começar, adicionar aos poucos 2 Kg de enxofre junto com água, mexendo bem. Tampar o recipiente durante 30 min. Adicionar 2 litros de água e pincelar os troncos.
Dissolver 60 g de cal em 10 litros de água e misturar com 300 g de cinzas. Coar e aplicar pincelando sobre troncos e galhos.
Mosca branca
MECANICO - a Melia azederach (cinamono) é uma barreira notável. Armadilha adesiva X-315, da 3M.
ALTERNATIVO - inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por Neem, citronela e pimenta); Boveuat PM; Boveril B103, da Itaforte. Pulverizar com 50 ml cle creolina diluída em 100 litros de água.
Mosca-das-frutas
MECANICO - eliminando os frutos podres no chão, evita-se a proliferação desta praga. Armadilha adesiva X-315, da 3M; armadilha Mc Phail, com atrativo de proteína hidrolisada diluído em água a 5%.
BIOLÔGICO - a vespinha Canaspi carvalhai é sua inimiga natural.
ALTERNATIVO - óleo de Neem e inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por Neem, citronela e pimenta).
Amarrar na árvore uma fita amarela impregnada com 80 g de breu moído e 50 g de óleo de mamona; esses ingredientes devem ser misturados em fogo brando durante 5 minutos. O preparado não pode ferver. As moscas são atraídas pela cor da fita e ficam grudadas nas tiras. A eficiência da massa pertence durante uma semana.
Abra uma janelinha próxima à base de uma garrafa plástica; coloque no fundo da garrafa dois dedos de suco de uva misturando com 50% de Pinho Sol e pendure o frasco no galho de uma árvore. As moscas são atraídas pelo açúcar e morrem por causa do desinfetante. Não é aconselhável usar esse sistema onde há abelhas.
Mergulhe sabugos de milho em uma solução de isca tóxica (diluir em água 7% de melaço de cana-de-açúcar e 0,2% de inseticida fosforado) e pendure cada um em uma árvore. Repita o mergulho do sabugo na isca a cada sete dias.
Abrir uma vala no pomar e preenchê-la com frutas bichadas, cobrir com uma tela de 2 mm de espessura. As larvas dos frutos se transformam em moscas atraindo as vespas que nelas depositam seus ovos parasitando-as.
Nematóides- São vermes pequenos, a maioria invisível a olho nu. Alimentam-se de raízes perfurando-as e modificando o suprimento de água e nutrientes. O sistema radicular totalmente gangrenado causará a morte da planta. Um sintoma evidente é a murcha das folhas, especialmente na época de seca e nas horas de sol. As plantas mais afetadas são: Schefflera actynophilla, Nerium oleander, Ardisia crenolata, begônias e violeta-africana.
O uso de terras, estercos, plantas e ferramentas que tiveram contato com solos infestados por nematóides deve ser evitado.
CULTURAL - o Tagetes patula (cravo-de-defunto) e Tropaeolum majus (capuchinha) são inibidores desta praga, mas sua ação se limita a uma profundidade de 15 cm. O cultivo dessas plantinhas, por um período não menor do que 3 meses, reduz em até 90% os nematóides do solo infestado. A Crotalaria spectabilis é indicada em áreas maiores.
MECÂNICO - cobrir a área infestada com polietileno transparente de 30 micras durante 50 dias é uma solução para locais onde o jardim ainda mio foi construído.
MECÂNICO - cobrir a área infestada com polietileno transparente de 30 micras durante 50 dias é uma solução para locais onde o jardim ainda mio foi construído.
ALTERNATIVO - Pironat (extrato pirolenhoso, obtido pela condensação da fumaça, proveniente da queima de lenha), Biofertilizante PF.
Bata no liquidificador de 250 g de folhas verdes com 2 litros de água. Depois, deixe em local sem incidência de luz por 12 horas. Filtre e dilua em água para obter 20 litros de preparado para aplicação. Pode ser armazenado em frasco em local escuro por três dias. Combate nematóides e também pulgão, lagartas em geral, cochonilha, ácaro, broca, besouro, gafanhoto, carrapato, berne e tripés, entre outros insetos.
Paquitas, centopeias e lacrainhas
ALTERNATIVO - detergente de limão.
Pulgões- Insetos sugadores, pretos, verdes ou amarelos, que atacam principalmente as flores e os brotos tenros da planta; formam colônias provocando em seguida perda de seiva, além de amarelar e murchar as folhas, que tem limitada sua capacidade de fotossíntese e assimilação. As fezes dos pulgões ocasionam o aparecimento da fumagina (fungos em forma de fuligem) que dão um aspecto preto à planta. Além disso, são vetores de vírus causadores de doenças mais nocivas que os ferimentos que fazem ao sugar as plantas.
A deficiência de Cálcio, boro e silício é o que propicia o ataque de pulgões, além do excesso de nitrogênio, que leva a um desequilíbrio nutricional da planta. Pequenas formigas vivem em simbiose com os pulgões, transportando-os de uma planta para outra e alimentando-se de seus excrementos açucarados.
MECÂNICO - armadilhas adesivas pintadas de amarelo.
BIOLÓGICO - formigas e joaninhas são suas inimigas naturais; cada joaninha pode comer mais de 60 pulgões por dia. Existem alguns parasitas, como os microhimenópteros, que se desenvolvem dentro do corpo do pulgão e o destroem, ou como a larva do lixeiro, que também se alimenta do inseto.
ALTERNATIVO - inseticida rural Natural Camp ou Combat (composto por: Neem, citronela e pimenta), calda de fumo, Biofertilizarite PF; Boveril B103, da Itaforte; alho, arruda, calêndula, camomila, capuchinha, coentro, crisântemo, gerânio, hortelã, petúnia e tagete são repelentes naturais, quando plantados nos canteiros.
Esmagar 4 dentes de alho, colocar em 1 litro de água e deixar descansar por 12 dias. Depois desse período, acrescentar 10 litros de água, misturar e pulverizar sobre as plantas. Repetir a pulverização após 15 dias.
Picar 50 g de fumo de corda e colocar num vidro com 1 litro de água durante 12 horas (se deixar mais tempo, fermenta), coar, diluir em 5 litros de água e pulverizar.
Macerar 200 g de erva-de-santa-maria num litro de água durante 2 horas; espremer o sumo para retirar o bagaço e diluir em 5 litros de água. Pulverizar.
As flores de cenoura atraem um tipo de mosca que devora pulgões.
Ferver um punhado de coentro em 2 litros de água; quando esfriar, adicionar a essa infusão mais 2 litros de água e pulverizar as plantas atacadas.
Colocar 100 g de folhas de urtiga fresca em 1 litro de água e deixar repousar por 3 dias. Para pulverizar, coar o líquido e diluir em 10 litros de água.
Macerar um maço de 50 g de manjericão, 20 g de folhas de lantana e 10 g de pimenta- malagueta em 1 litro de água durante 6 horas; espremer os bagaços, coar e diluir em 2 litros de água. Pulverizar.
Triturar folhas de fumo e misturar à uréia um dia antes de aplica-la ao solo.
Folhas de alamanda, arruda, coentro, losna e tomate, depois de fervidas, podem ser usadas para pulverizar as plantas afetadas.
Tatuzinhos- São crustáceos terrestres, equipados com uma carapaça articulada de cor cinza escuro que se refugiam debaixo das plantas, vasos, madeiras podres, etc. Quando cutucados, enrolam o corpo formando uma bolinha.
As colônias aumentam com umidade excessiva. O prejuízo se Iimita às raízes e aos brotos que ficam localizados na superfície do solo.
MECÂNICO - catação manual, mas faça isso com luvas, pois podem ser transmissores de doenças.
Trips lnsetos pequenos e sugadores que causam, além das deformações nas folhas, enrolando-as, o desaparecimento da clorofila, formando manchas pálidas. Transmitem viroses e causam, nas pessoas, irritações na pele e nos olhos.
MECÂNICO - placas atrativas na cor branca ou azul, besuntadas de melaço misturado a um inseticida fosforado.
ALTERNATIVO - Nim-i-go (óleo de Neem), Metanat PM, Metarril M103, da Itaforte.
Picar 50 g de fumo de corda e colocar num vidro com 1 litro de água durante 12 horas (se deixar mais tempo, fermenta), coar e diluir em 5 litros de água. Pulverizar.
Macerar 200 g de erva-de-santa-maria num litro de água durante 2 horas; depois de espremer o sumo do bagaço, diluir em 5 litros de água. Pulverizar.
Antracnose- É uma doença tão antiga que Plínio já falava dela no século I de nossa era. Ataca as folhas, deixando manchas pardas e perfurando-as.
CULTURAL- recomenda-se poda e destruição das folhas doentes.
ALTERNATIVO - calda bordalesa e calda viçosa.
Calda viçosa
500 g de sulfato de cobre, 300 g de sulfato de zinco, 300 g de sulfato de magnésio, 150 g ácido bórico e 500 g de cal. Misturar tudo em 100 litros de água. A calda viçosa é vendida também pronta.
Bactérias- Surgem somente se houver matéria orgânica suficiente. As plantas são infectadas através de ferimentos nas raízes, caules e folhas. O ataque causa o murchamento das folhas e podridões.
CULTURAL - mudas plantadas muito próximas umas das outras facilitam o aparecimento de bactérias; as plantas contaminadas devem ser eliminadas.
Clorose- As folhas ficam amarelas, mas as nervuras continuam verdes. O crescimento é retardado.
ALTERNATVO - sulfato de ferro.
CULTURAL- calcário dolomítico.
Ferrugem- A umidade alta, especialmente na primavera e nas regiões baixas, favorece esta doença, que surge com manchas amarelo-alaranjadas ou marrom-avermelhadas na face inferior das folhas. Segue-se o aparecimento de pústulas, geralmente, de cor alaranjada. O excesso de nitrogênio pode ser o motivador para o aparecimento dessa doença.
CULTURAL- as partes atacadas devem ser eliminadas. É aconselhável não molhar a folhagem e fazer uma adubação potássica.
Fumagina- Aparece em forma de uma camada escura e gordurosa, similar à fuligem e é causada por fungos que surgem nos excrementos de cochonilhas e pulgões. O jasmim-do-cabo é vítima mais comum desse fungo.
ALTERNATIVO - óleo mineral a 1%.
ALTERNATIVO - calda bordalesa, Biofertilizante PF; Thrichonat; Fitofós K. "Plus" (aumenta a resistência da planta aos fungos), regar com Biotrich. Dióxido de cloro.
Camomila e Cavalinha
Deixar 100 g de camomila em água fria por 2 dias; em separado, ferva 300 g de cavalinha seca em 10 litros de água durante 20 min. Misture as duas soluções. Dilua 1 litro dessa calda em 20 litros de água e pulverize as plantas contaminadas.
Calda viçosa
500 g de sulfato de cobre, 300 g de sulfato de zinco, 300 g de sulfato de magnésio, 150 g ácido bórico e 500 g de cal. Misturar tudo em 100 litros de água. A calda viçosa é vendida também pronta.
Fungos de solo- Para evitar essa doença, deve-se manter uma higiene rígida usando terras e adubos de procedência garantida.
CULTURAL - não regar de forma abusiva e guardar uma distância adequada entre as plantas de forração.
Mancha negra da roseira- Surgem manchas pretas nas folhas, que amarelam e caem.
CULTURAL - No inverno e outono apanhe as folhas caídas no chão e na primavera espalhe um pouco de palha em volta do pé da muda. Retire sempre folhas doentes.
Míldio- As folhas novas mostram manchas pardas de forma irregular na face superior; no inferior; a cor é cinzenta e cotonosa. A doença surge em temperaturas amenas e umidade muito alta.
CULTURAL - é recomendável a poda de limpeza para o arejamento da muda.
ALTERNATIVO - Nim-i-go {óleo de Neem), sulfato de cobre.
Leite azedo
Misture 1 litro de leite azedo, 3 litros de água e 2 punhados de cinzas de madeira. Pulverizar 3 vezes com um intervalo de 10 dias entre uma e outra pulverização.
Oídio- Com temperaturas suaves e umidade alta, esse fungo aparece em ambas as faces da folha, revestindo-as com uma poeira cinzenta. Ataca principalmente as brotações que recebem menos sol. Pétalas de flores também podem ser atacadas. Este fungo afeta principalmente resedás, azaléias, hortênsias, begônias e videiras.
ALTERNATIVO - enxofre (pulverizando com enxofre, deve-se aplicar no solo um adubo nitrogenado, calda bordalesa, creolina a 1%.
Pinta preta- Surgem manchas escuras, de pardo-violáceas a negras, que se unem tomando conta de toda a folha. As folhas acabam caindo.
CULTURAL- Remover os órgãos infectados, depositados no solo, antes da florada. Criar uma cobertura morta na área da projeção da copa. Manter as plantas hidratadas no inverno. Pulverizar com uréia as folhas caídas, sua decomposição poderá ser acelerada, diminuindo a infestação.
Podridão- Com ou sem odor desagradável, a podridão pode ser úmida ou seca; atinge ramos, bulbos e raízes. Surge geralmente no verão e nas regiões chuvosas.
CULTURAL- recomenda-se diminuir as regas. O cálcio foliar previne o apodrecimento das frutas, e o calcário colocado no canteiro aumentará o pH do solo e ajudará a controlar a proliferação deste fungo.
Rhizoctoniose- Manifesta-se nas seguintes condições: temperatura noturna de 10° a 16°C; em folhas molhadas por vários dias, por mais de 10 horas; em solos mal drenados; com poda de altura baixa, nos gramados; com excesso de matéria orgânica ou de nitrogênio; em áreas sujeitas a sombreamento ou pouco arejadas. O período em que aparece normalmente é do outono ao início da primavera. Seus sintomas são manchas circulares de amarelo a avermelhado, que variam de 2,5 cm a vários metros de diâmetro nas áreas gramadas. Para preveni-la, é preciso manter o nível de nitrogênio moderado, do outono à primavera, evitar irrigação no fim da tarde nos períodos de outono/inverno e elevar a altura da poda dos gramados.
ALTERNATIVO- Biotrich; Trichodermil PM, da ltaforte.
Vírus- Ultramicroscópicos, esses organismos só podem ser vistos com auxílio de um microscópio eletrônico; vivem em todas as partes da planta e não possuem estrutura celular.
Nas plantas ornamentais, os sintomas mais comuns são: clorose, mosaico e mancha-anular.
MECÂNICO - devem ser eliminados os vetores: pulgões, mosca branca e trips.
CULTURAL- também é de suma importância a limpeza das ferramentas, o cuidado na compra de mudas e nas operações de enxertia e poda. O vírus, quando instalado, só será erradicado eliminando-se a planta.